Meus pedaços estão desmontados. Agora sou vários – sou linhas e traços, líquidos, durezas num curto espaço. Sou um monte de coisas soltas; sou tantos e tão muitos, que são muito menores perante a imensidão de outros corpos que ainda não foram quebrados.
Minhas ilusões vazaram na languidez do meu escoamento. Virei partículas, tornei-me cacos.
Somos só eu: únicos na imensidão de um infinito – sem sonho, ásperos como grãos de Terra em terra.
Minhas ilusões vazaram na languidez do meu escoamento. Virei partículas, tornei-me cacos.
Somos só eu: únicos na imensidão de um infinito – sem sonho, ásperos como grãos de Terra em terra.
Seus textos são inspiradores e muito bem escritos. Sensíveis, humanos, instigantes. O post "Aos que escrevem" me tocou de uma forma tão devastadora, no momento em que a Cia luta para criar uma dramaturgia própria, escrever suas própias linhas e, com isso, traçar seu caminho. obrigado por nos ter encontrado e por nos ter adicionado!
ResponderExcluirmeus beijos,
Cristina Froment
Lindo.
ResponderExcluirMe sinto exatamente desse jeito, em alguns dias.
Adorei a acidez desse texto. É simples e muito bem escrito. Saudações!
ResponderExcluirparabéns.
ResponderExcluirA dança permeia o corpo e o estado das coisas pesosas de todas as artes.
ResponderExcluirPorque movimento há etodas as coisas
e arte vaza no movimento de seus textos...
Mas gostei de ver que esse trata de dança essencialmente. A dança da vida que permeia todos os copos dia a dia. Essa é boa de se resgatar e se treinar e se encenar. O movimento-arte, livre, humano acima de tudo.