quarta-feira, 25 de abril de 2012

Preciso do bheijo fantasma

Vou me render à cama, ao silêncio, lençol e ventilador. Penso em dois braços. Penso em coisas laranjas, em limão, sal e tequila. Eu me sinto em estado febril. Tremo de frio ansioso. Tramo coisas azuis. Canto. Estou desde a meia-noite. Hoje é sexta. Os óculos pesam. Durmo com o celular perto. Preciso mesmo descansar. Não queria ter que cumprir obrigações. Estou sufocando meu travesseiro. Grunhido palavrões. Quem sabe eu repita um mantra. Solene digo, como eu disse quando tinha 15 anos de idade: "preciso do bheijo fantasma". Depois eu posso sair. Provavelmente pela porta de trás. Por isso ponho pra tocar a droga do despertador. Nove e meia, baby. Embora eu saiba que só levante por volta de treze, depois de muito crer em amor.


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