sábado, 24 de outubro de 2009

Primeira oferta

Não sou eu o dono, sou apenas o que intercede entre os mundos, entre dois ou mais planetas, entre estrelas, entre calos e açoites. Por isso aqui estão as minhas palavras. Quero dar todas, devolver a quem tem o direito sobre elas. Quero também ofertar meu corpo e meu espaço, quero também que levem a minha alma e meu peito tão doce e amargurado. Quero que cortem tudo em pedaços, que estraçalhem, que bebam, que comam, que se alimentem dos meus sonhos e meus pensamentos, dos meus passos, dos meus brilhos, dos meus infortúnios, dos meus desejos, dos meus ódios, dos meus ócios, dos meus ossos, dos meus órgãos, dos meus dias, dos meus fins...

2 comentários:

  1. É o poeta Honório, e que seja feita sua vontade, camarada! rsrs

    ResponderExcluir
  2. Uma bela "introdução", assim que vi...sei lá, como se uma outra faceta de tua alma, ou mesmo um alterego mais acentuado se introduzisse por si mesmo.
    Mas, todas as ofertas, lances e Letras já são tuas. E não de hoje.
    Estava com saudades.

    ResponderExcluir